As nuvens turvam a excelência do raciocínio da dialética e do encanto da razão que reside no mundo. Como poderemos nós calar as águas no meio da noite, sabendo que não existe um manual de respostas que nos ensine a construir pontes sem conhecer quem nos responde?
A dúvida confunde os desejos e aumenta a excentricidade da evidência indutiva de a negar. Os encantos e as vivências da vida que se apresentam como tais, são maravilhas de um símbolo de amor que não se esmeram na estranha obstinação de se recusarem a orientar pelas indicações da natureza, isto é, por seu sentir e pensar naturais.
O facto de o homem poder encontrar-se naquilo que lhe parecia impossível, marca o seu caracter e a determinação de se elevar acima de si próprio e não descer ao mais baixo.
Para nos ligar ao mundo e àquilo que pode afastar o homem dos seus perigos, mesmo que aquilo que se obtenha como respostas se torne um enigma impossível de descrever, libertar as ideias particularmente sensíveis à questão profunda dos conflitos, é o caminho verdadeiro que exclui os outros.
Este reino absoluto é que nos faz tomar consciência do carácter mortal e não destruidor das paixões, o mesmo que nos diz que um estado de natureza é um estado de liberdade em que os homens têm direito às suas paixões individuais!...
By: Carlos Mamede